Devido a repercussão sobre o tema da “ozonioterapia”, hoje vou falar um pouquinho da minha utilização dentro da neonatologia. Um dos maiores desafios que temos na neonatologia equina, é o aparecimento da poliartrite, que geralmente é secundária a FTIP (falha na transferência da imunidade passiva), muitas vezes seguida de um diagnóstico tardio e com progressão extremamente rápida.
A artrite séptica caracteriza-se pela invasão de uma articulação sinovial por micro-organismos patogênicos causando inflamação e danos a cartilagem articular. Clinicamente observamos um neonato com claudicação, febre, apatia, edema periarticular com distensão e dor articular.
O maior desafio que encontramos como M.V é minimizar a progressão e impedir que outras articulações também sejam afetadas, mas além disso, existe a questão do comprometimento da vida útil daquele animal, já que a grande maioria é imediatamente condenado. Utilizei a ozonioterapia neste caso como uma terapia coadjuvante, o que notei é que precisei de menos lavagens articulares do que normalmente costumava realizar, menos manipulação e consequentemente menor estresse e dor pós procedimentos. Além disso, tivemos uma resposta satisfatória em relação ao prognóstico de vida útil e esportiva do animal.
Meu resumo sobre à ozonioterapia é que ela não é soberana a todos os tratamentos, mas para alguns casos ela pode sim ser considerada uma ferramenta terapêutica com excelentes resultados.
#tati🐎